Nível de informalidade bate recorde, com 11,7 milhões de pessoas trabalhado sem carteira assinada
O desemprego caiu no Brasil e atinge 12,2 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro, segundo os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Esta foi a oitava queda mensal do indicador. O resultado considera o trimestre de setembro a dezembro deste ano. O mesmo período no ano anterior registrava taxa de desemprego de 12%. Houve redução de 364 mil desempregados nesta comparação.
Mesmo com a queda, o valor ainda representa quase o dobro do patamar de 2014, antes da crise econômica, quando a taxa de desocupação registrava 6,5%.
Em contrapartida, a informalidade atingiu nível recorde desde 2012, ano em que começa a série histórica da pesquisa. O Brasil possui 11,7 milhões de trabalhadores sem carteira assinada, número que subiu em comparação com o trimestre anterior (mais 498 mil pessoas), de junho a agosto, e em relação ao mesmo trimestre de 2017 (mais de 522 mil pessoas).
A população ocupada (93,2 milhões) também foi a maior da série histórica, aumentando mais 1,1 milhão de pessoas (1,2%) em relação ao trimestre de junho a agosto de 2018 e 1,2 milhão de pessoas (1,3%) em relação a igual trimestre de 2017.
O salário dos brasileiros não apresentou grandes variações no período: hoje o trabalhador recebe, em média, R$ 2.238. O valor era de R$ 2.235 no mesmo período de 2017 e de R$ 2.242 no trimestre anterior.