Assessoria de imprensa do órgão afirma que denúncia deve ser protocolada nesta sexta-feira (28)
O MP-GO (Ministério Público de Goiás) prepara a primeira denúncia contra o médium João de Deus, acusado de abusos sexuais enquanto realizava atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO).
A assessoria de imprensa do MP-GO afirma que a denúncia deve ser protocolada nesta sexta-feira (28) e que ainda não se sabe qual será o teor da mesma.
Na noite de quarta (26), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que mantenha a a prisão preventiva do médium.
O médium está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiâniadesde o dia 16 deste mês, depois de se entregar a polícia mais de 24 horas após ter sua prisão decretada pela Justiça de Goiás, na sexta-feira (14).
De acordo com informações da Polícia Civil, ele se entregou em uma estrada vicinal, na BR-060, localizada no município de Abadiânia, após uma negociação entre o advogado criminalista Alberto Toron e o delegado-geral da Polícia Civil, André Fernandes.
Na quarta-feira (26), a força-tarefa que investiga o caso ouviu o depoimento da mulher de João de Deus, Ana Keyla Teixeira.
Entenda o caso
João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, está sendo acusado por diversas mulheres de abuso sexual durante os atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás.
Após as primeiras denúncias, o MP-GO (Ministério Público de Goiás) criou uma força-tarefa, que conta com quatro promotores, seis delegados e duas psicólogas para atenderem o caso.
Na noite de quarta (12), a Promotoria de Justiça de Goiás solicitou a prisão preventiva do médium, cinco dias depois de as primeiras denúncias de abusos sexuais começarem a aparecer.
Em sua primeira aparição pública após as denúncias, na manhã de quarta-feira (12), João de Deus ficou cerca de 10 minutos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás. O médium se disse inocente e declarou que estava à disposição da Justiça.
Na tarde de domingo (16), João de Deus se entregou às autoridades. Até a tarde de segunda-feira (17), a força-tarefa do MP-GO tinha recebido um total de 506 mensagens sobre a investigação contra o médium.