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BOMBA DO DIA: Raupp encerra o ano com novo processo da Lava-Jato que pede indenização por improbidad



Lava-Jato e Petrobras cobram R$ 3 bi em ação contra o MDB, PSB, políticos e executivos de empreiteira





Força-tarefa pede responsabilização por improbidade de Raupp, Bezerra, Eduardo da Fonte, além dos espólios do ex-governador Eduardo Campos e do ex-deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE)


– Procuradores daLava Jato do Paraná e a Petrobras ajuizaram uma ação civil pública sob acusação de desvios da estatal contra o Partido Socialista Brasileiro ( PSB ), o Movimento Democrático Brasileiro ( MDB ), cinco políticos, a construtora Queiroz Galvão, além de seus executivos e funcionários e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. A Força-Tarefa quer a responsabilização dos acusados por improbidade administrativa e cobra R$ 3, 4 bilhões pelos danos provocados pelo escândalo de corrupção revelado pela Lava-Jato.


Entre os políticos que são alvo da ação estão citados os senadores Valdir Raupp (MDB-RO), Fernando Bezerra (PSB-PE), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e os espólios do ex-senador e ex-deputado federal Sérgio Guerra (PSDB-PE) e do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Guerra e Campos morreram em 2014.


A ação foi proposta no último dia 6, mas só foi divulgada na tarde desta terça-feira. Na peça, a Força-Tarefa também pede que os parlamentares sejam punidos com a perda dos cargos, a suspensão dos direitos políticos e de fruição de aposentadoria pelo Regime Especial.


A primeira Vara Federal de Curitiba deferiu um pedido liminar do Ministério Público Federal (MPF) e determinou o bloqueio de um precatório de R$ 210 milhões que a construtora Queiroz Galvão estava prestes a receber do estado de Alagoas.


Na ação, os procuradores descrevem dois esquemas de desvios de verbas da Petrobras. O primeiro envolve contratos celebrados entre 2004 e 2014 pela diretoria de Abastecimento junto à construtora Queiroz Galvão, seja individualmente ou por intermédio de consórcios. O segundo se refere ao pagamento de propina durante a CPI da Petrobras em 2009.


Outro Lado

Em nota, o MDB informa que “considera preocupante” a investida do Ministério Público contra um partido com mais de 50 anos de história e “pilar da democracia brasileira”.


“Responsabilizar instituições com base em depoimentos enviesados é um risco enorme para nossa estabilidade, ainda mais com uma peça que mais parece um panfleto político eleitoral. A verdade é que todos os recursos recebidos como doação pelo MDB foram contabilizados e todas as nossas contas foram aprovadas”, informa a nota do partido.


A Construtora Queiroz Galvão não vai comentar o assunto.


O PSB informou que não irá se manifestar antes de ter acesso à íntegra da ação.


O senador Valdir Raupp informa que a doação de R$ 500 mil – alvo da ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal do Paraná foi feita ao diretório estadual do PMDB de Rondônia e não a sua campanha eleitoral, em 2010.

“As doações recebidas foram oficiais, legais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral, conforme determinava à legislação em vigor, a época. Por fim, diante da fragilidade das acusações provará que não cometeu nenhum ato ilícito”, diz a defesa de Raupp.

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