Parlamentares são investigados por participação em esquema de compra de apoio nas eleições de 2014
A Polícia Federalsolicitou a prisão domiciliar senador Aécio Neves (PSDB-RJ), de sua irmã Andrea Neves e dos deputados federais Cristiane Brasil (PTB-RJ), Benito Gama (PTB-BA) e Paulinho da Força(Solidariedade-SP). Os pedidos, feitos no âmbito da operação Ross deflagrada nesta terça-feira, foram negados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF ) Marco Aurélio de Mello.
A PGR concordou apenas com três pedidos de prisão de pessoas ligadas à Aécio: os empresários Flávio Jacques e Ricardo Guedes e o marqueteiro Paulo Vasconcelos. No entanto, o STF negou a solicitação e deferiu apenas as buscas e apreensões referente aos alvos.
No pedido de prisão, a PF solicitou que Aécio, Cristiane Brasil, Benito Gama e Paulinho da Força tivessem seus mandados parlamentares suspensos e que se recolhessem em casa no período noturno. Cristiane Brasil, Benito Gama e o tesoureiro do PTB Luiz Rondon receberam apenas uma notificação para depor, assim como o senador José Agripino Maia (DEM-RN).
A ação apura a compra de apoio político à campanha presidencial de Aécio Neves de 2014 . Segundo à investigação, Aécio tinha uma conta de R$ 110 milhões junto à empresa JBS e se utilizou dela para comprar o apoio do PTB por R$ 20 milhões e do Solidariedade por R$ 15 milhões. Os repasses foram feitos por meio de emissão de notas frias, pagamento em espécie e depósitos nas contas de pessoas próximas aos políticos.