No dia 31 de agosto de 2016, ele foi detido no Aeroporto de Moscou por carregar em sua bagagem quatro garrafas da Ayahuasca (Santo Daime)
A Polícia Federal escoltou, de volta ao Brasil, nesta quinta-feira (6/12), o professor e pesquisador paraibano, de 68 anos, que se encontrava preso na Rússia, desde agosto de 2016, por tráfico de drogas. Atransferência dele ao Brasil aconteceu em função de um acordo bilateral entre os dois países.
No dia 31 de agosto de 2016, ele foi detido no Aeroporto de Moscou por carregar em sua bagagem quatro garrafas da Ayahuasca (Santo Daime). Sua condenação, por tráfico de drogas, a princípio, era de seis anos e meio de prisão. Depois, a sentença foi reduzida para três anos. Chegou a cumprir dois anos da pena, na Rússia.
Em setembro deste ano, as autoridades russas autorizaram a transferência do paraibano para cumprir o restante da pena no Brasil. Chegando ao Recife, ele ficará sob custódia, na Superintendência da Polícia Federal até a audiência na Justiça Federal, nesta sexta-feira (7/12), quando será determinado o restante do cumprimento da pena. O pedido para cumprir o resto da pena no Brasil foi feito pelo próprio professor, por seus familiares e pelo Ministério de Relações Exteriores.
De forma tradicional, a bebida conhecida como Santo Daime é utilizada em rituais indígenas. Ainda que tenha uso autorizado no Brasil, em cerimônias religiosas, o Ayahuasca é proibido na Rússia, isso por ter substâncias alucinógenas como a dimetiltriptamina (DMT), considerada ilegal pelas leis Russas. O pesquisador utilizava a bebida em cursos de uma terapia chamada "Frequência de Luz", ministrados por ele. No tribunal, o professor alegou não saber da proibição do chá, na Rússia.