As chuvas dos últimos dias já estão preocupando a Defesa Civil Municipal por conta da elevação repentina do nível do Rio Madeira em Porto Velho, o que pode afetar cerca de 2.500 famílias. No último domingo (2), a cota do rio chegou a 11,26 metros e nesta segunda-feira (3) subiu para 11,89 metros.
Com a subida do nível do rio, as famílias localizadas no Bairro Nacional, São Sebastião, Balsa e Triângulo, na área urbana da cidade, são as primeiras a serem impactadas. Em seguida, o risco também chega às comunidades do Alto, Médio e Baixo Madeira.
A Defesa Civil está monitorando o nível do rio constantemente e percebeu que a elevação repentinamente. “Isso nos preocupa porque ainda não temos um prognóstico do Sipam E CPRM sobre o próximo trimestre. Por conta disso, nós estamos fazendo vários planejamentos de trabalho e um deles é a preparação do nosso plano de contingência que geralmente é feito somente em janeiro, mas teremos que antecipar”, diz Marcelo.
Marcelo Santos explica que durante o trabalho de mapeamento, é feita a identificação das famílias que estão realmente em áreas de risco para que assim que o nível chegar à cota de alagação, 14,30 metros, elas sejam retiradas dos locais. “Nós já começamos a fazer esse mapeamento pelo distrito de Calama e, nesse trabalho, a nossa equipe vai até as casas, conversa com os moradores alertando sobre os riscos e cuidados com a enchente durante esse período. Esse trabalho será antecipado porque o nível do rio está subindo antecipadamente também e nós temos que nos prevenir. Na próxima semana o mapeamento será feito na área urbana da cidade”, afirma o coordenador.
A preocupação aumenta porque a cota do Rio Madeira em 2017, nesta mesma época, estava 1,30 metro a menos. No entanto, se comparada Marcelo Santos diz que não pode se falar em cheia como a que ocorreu em 2014. “Precisamos preparar um conjunto de ações para que possamos ficar prontos para o pior cenário. Em 2014, foi um grande aprendizado para nós, porque naquela época a nossa estrutura era pouca. Hoje estamos mais estruturados, preparados e capacitados com vários cursos de como agir em variados tipos de desastres. Sabemos que o desastre não tem como evitar e sim minimizar”, esclarece.
A Defesa Informa ainda que o morador que estiver em área de risco e quiser sair de casa antecipadamente pode ligar para o 199 e solicitar ajuda. “Nós estamos à disposição dessas famílias que moram em áreas de risco e por isso nós deixamos a disposição o número do nosso plantão caso precisem de apoio logístico”, enfatiza. Desbarrancamento No período de chuva, os trabalhos para identificar os locais com riscos de desbarrancamento também são realizados pela equipe da Defesa Civil. Após ser constatado o risco, os locais são sinalizados com faixas e placas de alerta para orientar os moradores. “Nós pedimos a colaboração de todos os moradores que residem nesses locais onde há um risco, porque isso é para salvar vidas. Sabemos que já houve caso de morte por desbarrancamento e não queremos que ocorra de novo”, finaliza o coordenador.