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MANCHETE: Casos de Aids aumentaram 22% entre grávidas no Brasil desde 2007



Aumento de gestantes infectadas deve-se à solicitação de exames durante o pré-natal; Identificação do vírus diminuiu transmissão vertical

O número de grávidas brasileiras com Aids aumentou em quase 22% entre 2007 e 2018, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na terça-feira (27).


De acordo com o ministério, das 116 mil gestantes infectadas entre 2000 e 2018, quase 8.000 foram identificadas em 2017. Segundo os dados fornecidos, em 2007, a cada mil nascidos vivos, 2,3 casos das gestantes eram portadoras do vírus de HIV. Em 2017, o número passou para 2,8 a cada mil nascidos vivos.


Na análise, foi observado que, entre os anos 2000 e junho de 2018 a distribuição dos casos teve mudança de percentual: as regiões que apresentaram aumento de taxas de infecção no que corresponde ao total do país foram o Nordeste (de 17,2% para 21,9%) e a região Norte (de 8% para 12,5%). Já a região Sudeste apresentou diminuição no percentual de casos no Brasil (de 38,6% em 2000 para 30,2%).


Segundo o Ministério da Saúde, o aumento de casos entre as gestantes, com idade prevalente entre 20 e 24 anos, deve-se ao aumento de detecção do vírus durante o pré-natal, por meio de exames recomendados pelo órgão.


Para o ministério, esse aumento significa uma diminuição na transmissão vertical do vírus pois, assim, é oferecido o tratamento com antirretrovirais, evitando a infecção do bebê. Dessa maneira, houve uma redução de transmissão do HIV para crianças em 43% entre 2007 e 2017.


De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), 1,8 milhão de pessoas no mundo são infectadas com o vírus HIV anualmente. Atualmente, são quase 250 mil pessoas portadoras do vírus no Brasil e cerca de 37 milhões de pessoas no mundo.

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