A indicação de Osmar Terra para o Ministério da Cidadania irritou a bancada evangélica, que ameaça se rebelar caso não tenha cargos na Esplanada. Formado por 180 deputados, o grupo foi consultado por Jair Bolsonaro sobre nomes para a nova pasta, mas acabou surpreendido com a escolha. “Quem é Osmar Terra comparado ao Magno Malta?”, questiona o pastor Silas Malafaia, que diz manter o apoio “intransigente” a Bolsonaro, porém com liberdade para críticas. Este já é o segundo nocaute no colegiado. O primeiro foi quando Bolsonaro indicou Ricardo Vélez Rodríguez para a Educação sem aguardar a sugestão dos evangélicos.
Banco de reserva. A lista de “abandonados” inclui, além de Magno Malta, os deputados Fernando Francischini, Alberto Fraga (ambos da bancada da bala) e Pauderney Avelino. Os amigos brincam que eles entrarão na segunda fase.
Batata quente. O pecuarista Nabhan Garcia não chegou a ficar de fora do time, mas sobrou com um cargo de segundo escalão. Ninguém quer a missão de contar para ele que não terá status de ministro.
O choro é livre. Magno Malta jogou a toalha na noite de segunda-feira, quando deixou Brasília dizendo-se “magoado e machucado” para se isolar num sítio. Reclamava de estar entre os últimos a serem convocados. “Vou receber a marmita?” Até agora nem isso.
Os culpados. Malta acusa os filhos de Bolsonaro e o general Hamilton Mourão pelo veto ao seu nome.
Mega-Sena. Com a nomeação de Osmar Terra para o Ministério da Cidadania, Bolsonaro ressuscita Darcísio Perondi (MDB-RS), aliado de Michel Temer e principal defensor da reforma da Previdência. Ele ficou na suplência.
Recepção calorosa. O clima não é dos melhores para o futuro chanceler Ernesto Araújo. Em grupos de WhatsApp de diplomatas, é chamado de “pastor das Relações Exteriores” e acusado de conhecer o povo brasileiro por meio da TV.
Novos tempos. Aécio Neves voltou a participar das atividades do PSDB. Em discurso ontem, contou ter sido presidente da Câmara em cenário de bancada enxuta e que, à época, fizeram a melhor legislatura. Recebeu aplausos.
Famoso quem. Reunidos em Brasília, reitores de universidades públicas concluíram que o futuro ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, é desconhecido do grupo. Decidiram pedir uma audiência para levantar bandeira branca e dizer que ninguém é contra Bolsonaro.
Lar doce lar. Para garantir a segurança de Antonio Palocci, a defesa não diz para qual endereço ele irá quando for para a prisão domiciliar. À Justiça, no entanto, tem informado que mora em São Paulo, no famoso apartamento de R$ 6 milhões pivô da sua queda.
CLICK. Em campanha para Presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) e Fábio Ramalho (MDB) foram à inauguração de painel de fotos na liderança do PSB.
Na conta. O Ministério da Educação liberou R$ 4,6 milhões para equipar o centro cirúrgico do novo hospital da Unifesp que será inaugurado em dezembro na cidade de São Paulo. A capacidade será de 60 mil procedimentos entre consultas e atendimentos por mês.
Posso ajudar? Após fazer um aceno para a direita, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, começou a abrir sua agenda para a esquerda. Nesta semana, ele recebeu o PSOL. Toffoli quer atuar como uma ponte. Para isso, precisa de interlocutores dos dois lados.
“Que tenham sucesso. Eles fazem parte de um corpo docente de alta qualidade”, da reitora da Unifesp, Soraya Smaili, sobre os professores Arthur e Abraham Weintraub, membros da equipe de transição do governo Bolsonaro.