Autoridades cumprem dois mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão em São Paulo (SP) e São Carlos (SP)
A PF (Polícia Federal) iniciou a operação Chiarouscuro na manhã desta terça-feira (27), que combate à lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e corrupção.
Esta é a segunda fase da operação Descarte, deflagrada em 1 de março deste ano. As autoridades cumprem dois mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão em São Paulo (SP) e São Carlos (SP).
A ação acontece em conjunto com a Receita Federal. De acordo com as investigações, "um escritório de advocacia continuava atuando no controle de empresas 'fantasmas' e empresas existentes, mesmo após fiscalizações realizadas pela Receita Federal, em um esquema de compras fraudulentas". As fraudes resultaram em, pelo menos R$ 80 milhões sonegados.
Estas empresas simulavam a venda de produtos e serviços e, quando recebiam os pagamentos, emitiam notas fiscais sobre as negociações falsas. O dinheiro era distribuído em contas no Brasil ou exterior ou entregues em espécie aos envolvidos no esquema.
A PF afirma que "há indícios de que esses pagamentos eram realizados para diminuir valores devidos em impostos, lavar dinheiro e pagar propinas a agentes públicos". Um dos investigados é servidor público que teria lavado dinheiro decorrente de corrupção.
A Justiça Federal determinou o bloqueio de valores em nome dos investigados no montante de R$ 12 milhões, além de bens imóveis.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, corrupção ativa e passiva e associação criminosa.
Chiaroscuro é uma técnica de pintura que utiliza de efeitos de luz e sombra que remete ao fato de que pagamentos aparentemente legítimos eram, na realidade, utilizados para fins criminosos.