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NOVIDADE: Brasil assina acordo para reduzir consumo de açúcar em alimentos




Medida visa previnir doenças



O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, assinou nesta 2ª feira (26.nov.2018) 1 acordo com os presidentes de associações do setor produtivo de alimentos para reduzir o consumo de 144 mil toneladas de açúcar até 2022. A intenção é reduzir o açúcar na fabricação de bolos, produtos lácteos, achocolatados, bebidas açucaradas e biscoitos recheados.


Segundo o ministro, o acordo (eis a íntegra) visa incentivar a conscientização sobre uma alimentação mais saudável e previnir doenças.

“O acordo vai ajudar a melhorar a conscientização da população na busca de alimentos mais saudáveis. O apoio da indústria na redução do açúcar permitirá que população busque uma vida mais saudável e tenha menos problemas de doenças que possam ser evitadas. É importante que nós tenhamos avanços dessa natureza”, disse.


O monitoramento da redução será feito a cada 2 anos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A 1ª análise será no final de 2020.

Assinaram o acordo a Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação), a Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas), a Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados) e a Viva Lácteos (Associação Brasileira de Laticínios).


Segundo o ministério, foram analisados critérios que envolvem desde o consumo e distribuição dos teores de açúcar dos alimentos até a necessidade de redução dos níveis máximos do alimento; a queda dos teores de açúcares livres não resultantes em aumento no valor energético e de adição ou substituição por adoçantes; e o percentual de produtos a serem reformulados para atingirem à meta.

A análise resultou no estabelecimento de 5 metas para a categorias de alimentos:

  • redução de 32,4% de açúcar em bolos e 46,1% em misturas de bolos;

  • redução de 33,8% de açúcar em bebidas;

  • redução de 53,9% de açúcar em produtos lácteos;

  • redução de 10,5% de açúcar em achocolatados;

  • redução de 62,4% de açúcar em biscoitos.

“Nós não temos a menor dúvida, que isso é fundamental. Temos que controlar fortemente as doenças crônicas não transmissíveis, principalmente hipertensão e diabetes. Com isso, vamos contribuir para uma saúde melhor para os brasileiros”, disse o secretário de Atenção à Saúde, Francisco Assis, sobre as metas.

Segundo o ministério, atualmente os brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Isso significa que, por dia, cada brasileiro, consome em média 18 colheres de chá do produto (o que corresponde a 80g de açúcar/dia), quando o recomendado seria até 12.


Segundo Occhi, o alto percentual de açúcar já impacta no aumento de doenças crônicas não-transmissíveis. Na última década, o diabetes cresceu 54% nos homens e 28,5% nas mulheres. Já a condição de obesidade cresceu mais de 60%.

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