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ALERTA: Quase 40 milhões de diabéticos não terão insulina em 2030, diz estudo



Alto custo e pouca disponibilização serão os principais causadores da falta de acesso da população ao medicamento, necessário para controle da condição


Em 2030, cerca de 38 milhões dos mais de 500 mil diabéticos do tipo 2 previstos para os próximos 12 anos, não terão acesso à insulina, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (20) na revista científica britânica The Lancet.


O estudo, realizado por pesquisadores das Universidades Stanford, Yale (EUA) e Birmigham (Inglaterra) estimou, por meio de dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF) e de demais levantamentos que, em 2030, serão 79 milhões de portadores da diabetes tipo 2 que necessitarão de insulina, um aumento de 20% da necessidade de insulina para o tratamento desse tipo de diabetes, em relação a este ano.


Porém, apenas metade deles terão acesso ao medicamento devido ao custo do tratamento, relata o estudo, liderado por Sanjay Basu, professor de medicina da Universidade Stanford, na Califórnia (EUA).


De acordo com o IDF, o diabetes tipo 2 representa 90% dos casos de diabetes no mundo, e a maioria dos tratamentos não inclui a dependência de insulina.

O surgimento do diabetes tipo 2 está diretamente relacionado à obesidade, estilo de vida e sedentarismo e, o tratamento é realizado por meio de medicamentos orais, que retardam a necessidade da aplicação do remédio.


Já o diabetes tipo 1, representante de 10% dos casos, ocorre por fatores genéticos, se manifestando entre a infância e à adolescência. Por se tratar de uma doença autoimune, as pessoas portadoras desse tipo de diabetes não produzem insulina, tendo a dependência da aplicação do hormônio.


O estudo ainda afirma que, nos próximos anos, o acesso à insulina nos países que compõem a África, Ásia e Oceania devem ter uma melhora no acesso ao medicamento que, segundo Basu, são regiões com acesso precário ao hormônio atualmente.


Em relato à CNN, Basu afirma que, ao menos que os governos comecem a disponibilizar mais insulina e tornarem o preço do tratamento mais acessível, os níveis de tratamento correto ao diabetes estará longe do necessário.

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