Ele foi preso no Japão por suspeita de sonegação e fraude fiscal. Brasileiro atuava como presidente do conselho da montadora e comandou a marca entre 2001 e 2017.
O conselho de administração da Nissan decidiu afastar o brasileiro Carlos Ghosn da presidência do conselho da montadora nesta quinta-feira (22), informou a rede de TV estatal NHK. Ele está preso sob suspeita de sonegação e fraude fiscal.
Além do afastamento de Ghosn, também foi aprovada a remoção de Greg Kelly de sua posição como diretor representativo, publicou o jornal Nikkei. A Nissan ainda não comentou a decisão.
Ghosn é acusado de não declarar mais de 5 bilhões de ienes (o equivalente a R$ 167,4 milhões) de seu pagamento como presidente da montadora. As fraudes fiscais ocorreram entre 2010 e 2015, diz a promotoria japonesa.
História do brasileiro
Brasileiro, natural de Porto Velho (RO), Ghosn foi presidente da montadora japonesa entre 2001 e 2017.
Ele deixou o cargo no ano passado para cuidar das parcerias com Renault e Mitsubishi, montadora que foi adquirida após passar por escândalos de fraude e na qual ele era membro do conselho.
Apesar disso permaneceu como presidente do conselho na Nissan. Um raro executivo estrangeiro no topo da carreira no Japão, Ghosn é bem visto por ter tirado a Nissan da beira da falência.