Futuro ministro da Saúde de Bolsonaro reconhece ter feito viagens sem pagar, mas que pedido foi para dono de táxi-aéreo
Uma empresa detáxi-aéreo apresentou notas fiscais e recibos ao Ministério Público Federal (MPF) mostrando que o futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), teve voos particulares pagos por uma empresa de informática investigada. Ao GLOBO, o ministro indicado reconheceu ter feito voos sem pagar, mas disse que pediu o fretamento das aeronaves ao dono de um táxi-aéreo. A empresa de informática é suspeita de favorecimento durante a gestão de Mandetta na Secretaria de Saúde de Campo Grande (MS).
Segundo as investigações, que correm na Justiça Federal de Mato Grosso do Sul, já no final de sua gestão na secretaria, em 2009, Mandetta fez uma licitação de R$ 9,9 milhões para implementar um sistema de informática. O então secretário teria atuado, de acordo com investigadores, para garantir que a empresa Telemídia ganhasse o contrato, mesmo não tendo sido a primeira colocada na concorrência.