Nomeado ministro da Justiça por Bolsonaro, o ex-juiz da Lava jato acredita que redução na maioridade penal seja apenas para crimes graves
Anunciado por Jair Bolsonaro como ministro da Justiça, o ex-juiz Sérgio Moro — exonerado na tarde desta sexta (16) — comentou alguns temas polêmicos em entrevista concedida à IstoÉ, incluindo a possibilidade de terminar com as visitas íntimas a presos e, também, a redução na maioridade penal.
Quando o assunto são as pessoas já encarcerada, Moro tem ideias para enrijecer o sistema, como a de encerrar com as famosas 'saidinhas' em feriados ou a de extinguir a progressão de pena para membros comprovados de facções criminosas. O novo ministro diz ainda que estuda acabar com as visitas íntimas: "É uma possibilidade".
Já sobre a redução na maioridade penas para 16 anos, ele e Jair Bolsonaro têm pensamentos semelhantes, mas divergem em alguns pontos. Se para o presidente eleito, ela deve ser aplicada para todos os crimes, Moro acredita que "seja relacionada apenas a crimes graves. E quando falo em crimes graves, estou falando em crimes com resultado de morte ou lesão corporal gravíssima. Crimes de sangue".
Outra proposta em que há mais semelhanças do que divergências entre ministro e presidente é o porte de armas: "É algo bem diferente de autorizar as pessoas a saírem armadas nas ruas. Por outro lado, não estamos falando em autorizar porte em casa de armas automáticas, de fuzis. É uma situação diferente da que acontece nos Estados Unidos".