A Polícia Federal, através da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE), deflagrou, na manhã desta quarta-feira (31), a Operação Evolução, com o objeto de prender um estudante universitário de classe média alta tido como um dos maiores revendedores de drogas sintéticas em Porto Velho. As investigações tiveram início no dia 22 de setembro deste ano em decorrência da prisão em flagrante delito de uma pessoa responsável pelo recebimento das drogas em sua residência encaminhadas via sedex dos Correios, ocasião na qual foram apreendidos 150 comprimidos de ecstasy em uma embalagem a vácuo. Dias após sua prisão, a Polícia Federal apreendeu outras três mercadorias encaminhadas via sedex para a residência desta mesma pessoa, contendo outra elevada quantidade de comprimidos de ecstasy e grande número de papelotes de LSD. O ecstasy, droga sintética criada em laboratório, se trata de um comprimido cujo princípio ativo se chama MDMA (metilenodioximetranfetaminma), causando alucinações e euforia, além de deixar os sentidos mais aguçados, especialmente a audição e o tato, o que explica sua associação com pistas de dança. O LSD, a sigla em alemão de dietilamida de ácido lisérgico, se trata da droga alucinógena do sistema nervoso mais poderoso que se conhece, normalmente vendida sob a forma de blotters, pequenos quadrados de papel embebidos com a substância, que são ingeridos pelos usuários, causando ilusões visuais, sensoriais e sonoras. Exatamente em razão destes efeitos, as drogas eram revendidas em festas rave organizadas pelo próprio investigado nesta capital de Porto Velho, que se utilizava de suas atividades como DJ para repassá-las a centenas de usuários, auferindo grandes lucros nos eventos.
A Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho expediu dois mandados de prisão preventiva em desfavor do investigado e de uma pessoa que o auxiliava no tráfico de drogas, além de cinco mandados de busca e apreensão nos endereços destes e de terceiros que eventualmente recebiam e mantinham em depósito as drogas encaminhadas via Correios de diversos pontos do país. No curso das investigações restou demonstrado que os investigados vinham arcando com os custos dos honorários dos advogados que patrocinam a defesa do indivíduo preso em flagrante delito, além de orientar testemunhas em seus depoimentos, como forma de não serem identificados. A operação recebeu este nome em referência a uma das festas organizadas pelo investigado, sendo que a Polícia Federal decidiu dar cumprimento aos mandados antes da realização do evento como forma de impedir a negociação das drogas. Durante as buscas na residência do alvo principal foram encontradas diversas drogas (maconha, MDMA, ecstasy e LSD) embaladas em pequenos sacos plásticos, resultando também em sua prisão em flagrante pelo crime de tráfico de drogas. O outro investigado foi localizado na cidade de Alto Paraíso com o apoio do setor de inteligência da Polícia Militar local, sendo trazido para Porto Velho para ser ouvido. Após os procedimentos, os presos serão encaminhados para o Presídio de Médio Porte “Pandinha”, onde permanecerão à disposição da Justiça Estadual.