A Polícia Federal, através da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) e do Grupo de Investigações Sensíveis (GISE), prendeu na manhã desta segunda feira, em Porto Velho, um dos principais remetentes para o exterior de cocaína diluída em roupas e papeis.
As investigações tiveram início no dia 28 de setembro após a prisão realizada pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, quando a equipe policial abordou e prendeu uma boliviana, no momento em que embarcava para a China. Em sua bagagem foram identificados 4 casacos, sendo que após a realização de exame, foi constatada a presença de cocaína diluída no algodão da roupa.
Após a apreensão, a Polícia Federal prosseguiu nas investigações para identificar o responsável pela remessa dos entorpecentes, chegando a localização de um homem de origem Libanesa, que usava documento de identidade boliviano, residente em Porto Velho. Ele agenciava mulheres para realizar o transporte de drogas via aérea para diversos países.
No dia 23 de outubro, a equipe da Polícia Federal apreendeu uma mercadoria postada nos Correios que seguiria para o Líbano, sendo que novamente em seu interior foram identificadas substâncias entorpecentes, desta vez diluídas em folhas de papel.
Foram identificadas e apreendidas pela Polícia Federal em São Paulo outros 6 envelopes com as mesmas características, remetidos pelo mesmo homem com destino, sobretudo, à Nova Zelândia e ao Líbano.
Como forma de evitar sua identificação, o investigado apresentava aos Correios nomes falsos em cada uma das postagens.
A 3ª Vara da Justiça Federal de Porto Velho expediu dois mandados de prisão contra o investigado e de uma mulher, também estrangeira, que o auxiliava no preparo e remessa das drogas, além de um mandado de busca e apreensão no endereço residiam, utilizado como ponto de apoio para a recepção das mulheres contratadas para o transporte aéreo ou a embalagem das drogas para serem remetidas via SEDEX.
A prisão do investigado foi possível em razão de se tratar de cidadão estrangeiro, sem cadastro eleitoral no país, não encontrando respaldo na vedação do Código Eleitoral.
O investigado foi preso em flagrante delito pelo crime de tráfico de drogas e insumos químicos em razão da apreensão de cerca de 1,8 kg (um quilo e oitocentas gramas) de cocaína, diversas folhas de papel nas quais as drogas eram impregnadas, além de grande número de petrechos e produtos químicos utilizados na preparação do material.
Após os procedimentos, o preso foi encaminhado para o Presídio de Médio Porte “Pandinha”, onde permanece à disposição da Justiça Federal.
