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TURBULÊNCIA: Eleitores de 19 cidades terão de escolher novos prefeitos neste domingo



Em 19 municípios brasileiros, além de votar para escolher o novo Presidente da República, os eleitores terão de escolher novos prefeitos. As 19 cidades tiveram seus mandantes, eleitos em 2016, cassados pela Justiça eleitoral.


Cinco municípios de Goiás, quatro de São Paulo, três do Rio de Janeiro, dois do Amazonas, um do Rio Grande do Sul, um de Santa Catarina, um do Mato Grosso, um do Ceará e um do Maranhão votarão em novos prefeitos amanhã.


Mangaratiba, município da Costa Verde do Rio de Janeiro, vai escolher a quarta pessoa a ocupar o posto de prefeito desde 2016. Aarão de Moura Brito Neto (PPS) e seu vice Renildo Rodrigues Brandão (PPS) venceram naquele ano, mas a chapa foi cassada por abuso de poder praticado nas eleições de 2008 - quando Aarão também tinha sido eleito.


Vitor Tenório dos Santos (PDT), então presidente da Câmara Municipal, assumiu interinamente a prefeitura, mas não ficou muito tempo no cargo. Ele foi denunciado por dispensa indevida de licitações e desvio de recursos públicos. Está foragido desde agosto. No momento, o vereador Carlos Alberto Ferreira Graçano (Pode) ocupa o cargo interinamente.

Em Planaltina, um dos cinco municípios goianos que terão eleição suplementar, cidade a 70 km de Brasília, o Tribunal Regional Eleitoral cassou o registro da chapa eleita em 2016, formada por David Alves Teixeira Lima (Pros) e Maria Aparecida dos Santos (Pros), por compra de votos. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por prometerem empregos em troca de votos, além de usar bens públicos para fazer propaganda eleitoral.


Segundo denúncia do Ministério Público Eleitoral, eles prometeram empregos em troca de votos, além de usar bens públicos para fazer propaganda eleitoral. Durante a campanha, Lima se reuniu com rodoviários desempregados, prometeu negociar a contratação de todos e pediu apoio dos trabalhadores. Uma gravação da reunião comprovou a denúncia.


Para a professora de direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Silvana Batini, o eleitor fica desestimulado com as trocas frequentes de prefeito. “Estamos em crise de credibilidade na classe política, mas, ao mesmo tempo, é muito melhor que o eleitor tenha possibilidade de escolher novamente do que fazer a escolha em uma eleição indireta pela Câmara dos Vereadores”, observou.


Ordem de votação

Nos estados em que há segundo turno para governador - Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Amazonas - os eleitores escolherão primeiro o novo governador, depois votarão para presidente e, em seguida, para prefeito.


Em Mangaratiba (RJ), Aperibé (RJ) e Laje do Muriaé (RJ), Alpestre (RS), Vidal Ramos (SC), Araras (SP), Rincão (SP), Monte Azul Paulista (SP), Mongaguá (SP), Anamã (AM) e Novo Airão (AM), os eleitores vão seguir essa ordem de votação.


Já os eleitores dos municípios de Goiás, Ceará e Maranhão, que já definiram os novos governadores, a votação será primeiro para Presidente e para prefeito em seguida. É o que acontece em Planalto da Serra (MT), Croatá (CE), Turvelândia (GO), Planaltina (GO), Davinópolis (GO), Divinópolis (GO), Serranópolis (GO) e Bacabal (MA).


Urnas

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para permitir as diferentes votações, a Secretaria de Tecnologia da Informação desenvolveu o Programa de Múltiplas Eleições, que “permite a programação da urna eletrônica com composições que variam conforme as exigências de cada pleito”.


No primeiro turno, por exemplo, além da votação nacional - presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais -, as urnas foram preparadas para a eleição do Conselho Distrital do Arquipélago de Fernando de Noronha (PE) e dos plebiscitos em Petrópolis (RJ), Fortaleza do Tabocão (TO) e Augusto Severo (RN).


Em Petrópolis, 68,7% dos votantes decidiram pelo fim do uso de tração animal em charretes que fazem passeios turísticos no centro histórico. Já em Fortaleza do Tabocão e Augusto Severo, os eleitores decidiram mudar os nomes das duas cidades. Com 74,83% dos votos, Fortaleza do Tabocão passará a se chamar somente Tabocão. Augusto Severo será Campo Grande, por vontade de 95,7% dos votantes.

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