Eurípedes Júnior teve a prisão decretada no âmbito da Operação Partialis. Legislação, porém, impede detenções às vésperas da eleição
O presidente do Pros, Eurípedes Júnior, um dos alvos da Operação Partialis, compareceu voluntariamente, nesta terça-feira (23/10), à superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília para prestar esclarecimentos. Em razão da legislação eleitoral, porém, ele não será preso.
A ordem de prisão foi expedida pela 2ª Vara da Justiça Federal do Pará na última semana. Eurípedes Júnior é investigado por desvio de dinheiro da Prefeitura de Marabá (PA). Eurípedes se entregou para depois pedir a revogação da prisão.
De acordo com as investigações, Eurípedes Júnior faria parte do grupo do ex-prefeito de Marabá suspeito de facilitar pagamentos da prefeitura em troca de propina. Em um dos casos, os investigadores descobriram indícios de um suborno de R$ 100 mil.
De acordo com a legislação eleitoral, nenhuma autoridade poderá, desde cinco dias antes e até 48h depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.
Na última sexta-feira (19), o Pros divulgou uma nota segundo a qual o presidente do partido se dizia surpreso com a decisão judicial que decretou sua prisão, negando ter envolvimento com a prefeitura de Marabá (PA) e com a gestão do ex-prefeito João Salame.