Detalhes do sistema não foram divulgados. Corte quer garantir ‘direito de resposta’
Após reunião com representantes do WhatsApp, o vice-procurador eleitoral, Humberto Jacques de Medeiros, disse nesta 3ª feira (16.out.2018) que a empresa se propôs a disponibilizar ferramentas de checagem de conteúdos enganosos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Humberto Jacques não detalhou que sistemas a Corte Eleitoral terá acesso e a serventia e eficácia deles na tentativa de garantir o direito de resposta diante da divulgação de notícias falsas dentro do aplicativo de mensagens.
A reunião, que ocorreu por meio de videoconferência, foi realizada entre representantes da empresa e integrantes do Conselho Consultivo para notícias falsas do TSE.
De acordo com o vice-procurador, os representantes da plataforma relataram encontrar “dificuldades” para aplicar a metodologia de outras redes sociais, como mecanismos de checagem de fatos no Facebook e no Google, além de possibilidades de veiculação de direito de resposta aos mesmos usuários alcançado pelas mensagens originais consideradas falsas.
COMBATE A FAKE NEWS NO WHATSAPP
A ONG Safernet, uma das participantes do conselho consultivo do TSE, apresentou 1 documento à parte com propostas ao WhatsApp. Entre elas:
a redução da possibilidade de encaminhamento de mensagens para até 5 destinatários (como adotado na Índia);
a limitação da possibilidade de criação de grupos e de participação neles por 1 mesmo usuário, o que abre espaço para abusos de sistemas automatizados.
A organização também defendeu que o WhatsApp adote sistemas de verificação de conteúdos e de indicação daquelas mensagens atestadas como falsas por agências de checagem, estabelecendo limitadores para seu compartilhamento em massa.
Por fim, o documento de recomendações chama a empresa a atuar em conjunto com o TSE para evitar que seja um instrumento de massificação de notícias falsas e interferência eleitoral.
PACTO ENTRE CANDIDATOS
Nesta 4ª feira (17.out.2018), a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, deve se reunir com representantes da duas candidaturas de Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) para firmarem 1 pacto de combate a disseminação de fake news.
(com informações da Agência Brasil)