Desde a semana passada, foram registrados 35 novos casos de funcionários que relataram ter sofrido algum tipo de pressão para votar em um determinado candidato
As denúncias de coação no ambiente de trabalho por motivação eleitoral já chegam a 155, de acordo com dados do Ministério Público do Trabalho (MPT). Desde a semana passada, foram registrados 35 novos casos de funcionários que relataram ter sofrido algum tipo de pressão para votar em um determinado candidato, o que é proibido por lei. Segundo a procuradoria, pelo menos 55 empresas estão envolvidas.
De acordo com levantamento feito pelo MPT, a região Sul continua como a que registrou maior número de queixas até o momento, representando 77% do total - foram 64 denúncias em Santa Catarina, 24 no Paraná e 32 no Rio Grande do Sul.
Nenhum dos outros Estados registrou mais de dez casos até o momento. Houve ocorrências no Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Sergipe, Paraíba e Distrito Federal. A pesquisa não especificou para quais candidatos os empregadores têm direcionado a pressão por votos.
Se ficar comprovado que empresas estão sugestionando os trabalhadores a votar em determinado candidato ou mesmo condicionando a manutenção dos empregos ao voto em determinado candidato, a empresa pode ser alvo de ação civil pública.
Um dos casos de maior repercussão durante a campanha eleitoral envolveu o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas de departamentos Havan, que foi processado pelo Ministério Público do Trabalho por coagir funcionários a votar no candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro.