Dodge o acusa e ao filho Tiago Cedraz de tráfico de influência
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu o afastamento do ministro Aroldo Cedraz de suas atribuições no Tribunal de Contas da União (TCU) por haver violado “regras e princípios morais” com uma conduta que afrontou “postulados máximos” descritos na denúncia de tráfico de influência de que foi alvo.
“Há provas de que Aroldo Cedraz, em conluio, entre outros, com seu filho Tiago Cedraz, valeu-se de toda a estrutura e da autoridade do elevado cargo de ministro do Tribunal de Contas da União, para auferir vantagem econômica indevida”, afirma o a representação encaminhada ao ministro Edson Fachin , relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Dodge, o ministro recebeu vantagens indevidas “a pretexto de influir na atuação funcional do seu colega, ministro Raimundo Carreiro na condução e desfecho de dois processos” que beneficiaram a UTC Engenharia, integrantes do cartel de empreiteiras que roubaram a Pedrobras, e prejudicaram o interesse público.
O ministro Aroldo Cedraz também é acusado de atuar “de forma clara, objetiva e destemida”, perante os corruptores, para “garantir a credibilidade dos serviços prestados pelo seu filho. Ele chegou a pedir vista e retirar de pauta um desses processos, sob relatoria do ministro Raimundo Carreiro, só para “caracterizar o seu poder de influência e do seu filho na tramitação e no julgamento desses processos”.