Despesas nos primeiros 24 dias foram de R$ 1,2 bilhão. No período equivalente de 2014, esse valor somou R$ 1,8 bilhão
Na disputa deste ano, os candidatos e partidos declararam ter gasto R$ 1,6 bilhão até quase a metade da campanha. Em 2014, após transcorrido um período semelhante, a soma foi de R$ 1,8 bilhão, já considerada a inflação do período.
Na média de gastos por candidato, também houve queda, mas de 20% (R$ 103 mil em 2018 ante R$ 126,7 mil em 2014).
Como os dados são parciais, a diferença entre os gastos de um ano e outro pode mudar após o fim das eleições. O relatório final das despesas de 1º turno deve ser entregue à Justiça Eleitoral até 6 de novembro.
Para 2018, foram levados em conta os gastos feitos entre 16 de agosto e 8 de setembro, que, por lei, deveriam constar pela declaração de contas parcial. O intervalo de 24 dias equivale a 46% do tempo total de campanha de 2018, que é de 52 dias.
Para Denisson Silva, doutorando em ciência política e pesquisador do Centro de Estudos Legislativos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), era esperada essa redução nas despesas parciais verificada em 2018.
Um dos motivos citados pelo pesquisador é a mini reforma eleitoral em vigor desde as eleições de 2016. De acordo com aquela regra, em campanhas para presidente, governadores e prefeitos, pode-se gastar 70% do valor declarado pelo candidato que mais gastou no pleito anterior, se tiver havido só um turno, e até 50% do gasto da eleição anterior se tiver havido dois turnos.
Veja os limites para o 1º turno deste ano:
Presidente: R$ 70 milhões;
Governador: R$ 2,8 milhões a R$ 21 milhões, conforme o número de eleitores do estado;
Senador: R$ 2,5 milhões a R$ 5,6 milhões, conforme o número de eleitores do estado;
Deputado federal: R$ 2,5 milhões;
Deputado estadual/distrital: R$ 1 milhão.
Além disso, as doações de empresas para campanhas foram proibidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015. Esta, portanto, é a primeira eleição para a Presidência, para o Congresso e para as Assembleias Legislativas desde que o veto entrou em vigor.
Com isso, os candidatos podem contar com recursos públicos, doações de pessoas físicas e com o próprio dinheiro. Como o G1 mostrou, 1 em cada 5 postulantes colocaram dinheiro na própria campanha, segundo os dados parciais, num total de R$ 221,6 milhões. O valor mais alto foi desembolsado pelo presidenciável Henrique Meirelles (MDB): R$ 45 milhões.