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POLÊMICA: Temer diz que novo presidente deverá seguir seu caminho na economia

"Dificilmente quem for eleito poderá sair deste caminho", afirmou o emedebista



O presidente Michel Temer disse nesta sexta-feira (21) que seu sucessor no Palácio do Planalto, independente de quem seja, terá que governar como ele e reconhecer a redução nos juros e na inflação atingida durante sua gestão.



Temer disse perceber um certo pessimismo em função das eleições, mas salientou que é preciso reconhecer as reformas promovidas em seus pouco mais de dois anos de governo.


"Dificilmente quem for eleito poderá sair deste caminho. Quem poderá fazê-lo? Haverá alguém que chegará ao governo e dirá 'olha aqui, eu não quero esta inflação ridícula de menos de 4%. Eu quero é 10%, 11%'. Eu sou contra estes juros medíocres de 6,5%. Quero é 14,25%, como era no passado. Eu não quero novos empregos. Eu quero é problema que se verificava no passado. Eu não quero essa nova fisionomia do setor elétrico do país. Quero o que acontecia antes'", ironizou o presidente.


O discurso foi feito durante cerimônia de assinatura de contratos de concessão de linhas de transmissão arrematadas em leilão em junho deste ano.


Sem citar nomes, Temer criticou os candidatos de esquerda que o acusam de ter tirado direitos dos trabalhadores com a reforma trabalhista.


"De vez em quando vejo gente dizendo 'o governo acabou com os direitos dos trabalhadores'. São pessoas que não leem ou não querem ler ou não sabem ler a Constituição brasileira", afirmou.


"As pessoas esquecem que a Constituição está acima das leis, do decreto, de portaria. Portanto, sempre recomendo a estes que assim se manifestam que leiam, até para facilitar a leitura, o artigo 7º da Constituição Federal, que tem um longo elenco dos diretos trabalhistas que não foram abolidos."


Ainda sem a divulgação oficial dos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) referentes ao mês de agosto, o que acontecerá nesta tarde, Temer voltou a divulgar números extraoficiais. Disse agora que o Brasil criou 117 mil empregos no mês passado.


Na quinta-feira (20), Temer havia divulgado em seu Twitter que o país havia criado "mais de 100 mil" empregos formais em agosto.

Segundo dados do governo, apenas os contratos desta manhã devem gerar 13,6 mil empregos diretos.


A construção e a operação de mais de 2.000 quilômetros de novas linhas vão demandar investimentos de estimados R$ 6 bilhões.

No leilão, foram arrematados 20 lotes e houve deságio médio de 55,26%. Os empreendimentos estão localizados em AL, BA, CE, GO, MA, MG, PA, PB, PI, RJ, RN, RS, SC, SP, SE e TO. Com informações da Folhapress.

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