Autorização foi dada por ministro Edson Fachin (STF): delatores da Odebrecht apontam que presidente e seus ministros receberam propina
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (10/9) que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República tenha acesso ao inquérito que investiga Michel Temer (MDB). Além do presidente da República, os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, de Minas e Energia, são alvo da apuração, baseada em delação de ex-executivos da Odebrecht. A informação é do Blog do Fausto Macedo, do Estado de S. Paulo.
O inquérito investiga supostos repasses de propinas feitos, de acordo com os delatores da Odebrecht, para campanhas eleitorais do MDB em troca de favorecimento à empresa em contratos com órgãos públicos, entre eles a Secretária de Aviação Civil da Presidência da República.
Padilha e Moreira Franco comandaram a secretaria entre 2013 e 2015, no governo Dilma Rousseff (PT). Os ministros, juntamente com o presidente Temer, são investigados por corrupção e lavagem de dinheiro. Esse inquérito foi aberto em 2017, mas Temer só foi incluído entre os investigados em março deste ano, por Edson Fachin, que é o ministro relator do caso no Supremo.