Mudança foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira; além da correção da tabela, governo vai intensificar a fiscalização nas estradas
O governo federal publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feria, 5, a tabela com os novos preços para o frete mínimo do transporte rodoviário. A nova tabela incorpora os efeitos do reajuste de 13% no preço do diesel anunciado na sexta-feira, 31. A definição da nova tabela foi tomada em reunião entre técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Ministério dos Transportes.
O reajuste ocorre depois que boatos sobre uma nova paralisação dos caminhoneiros assustou parte da população e provocou filas nos postos de combustíveis. Diante deste cenário, o governo decidiu acelerar o atendimento de dois pedidos da categoria: corrigir a tabela de preços mínimos do frete rodoviário e colocar fiscais nas estradas para verificar seu cumprimento.
A perspectiva de uma correção imediata da tabela conteve, ao menos por ora, o ímpeto de uma nova paralisação dos caminhoneiros. “O governo pode afirmar de forma peremptória que não acontecerá uma nova greve”, disse na segunda-feira o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun.
O governo também decidiu intensificar a fiscalização do cumprimento da tabela. O governo está em alerta porque alas do movimento estão convocando uma manifestação em frente à sede da ANTT no próximo dia 12 para cobrar a fiscalização. Antes do aumento do diesel, a falta dela era a principal queixa da categoria.
“Se a ANTT fizer a parte dela, não haverá paralisação”, disse Alexandre Fróes, do Sindicato dos Transportadores Autônomos (Sinditac) de Santa Catarina. “Só depende deles.” Ele acrescentou que as lideranças dos caminhoneiros não estão organizando paralisação. “Caso isso ocorra, vão ser casos isolados”, assegurou. Mas a manifestação para pressionar a ANTT pela fiscalização está mantida, informou. “Eles (a ANTT) têm até o dia 12 para estar funcionando”, disse Wallace Landim, o “Chorão”.
(Com Estadão Conteúdo)