Defesa de João Baptista Lima Filho diz que ex-diretor de Relações Institucionais da JBS Ricardo Saud teria inserido o nome dele em delação
Os advogados de defesa de João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, entraram com uma petição na Justiça Federal em Brasília para afirmar que o ex-diretor de Relações Institucionais da JBS Ricardo Saud foi autor de manipulação de provas para inserir o nome de Lima em sua delação. O posicionamento da defesa consta em resposta à acusação do Ministério Público Federal (MPF) no âmbito do processo derivado da operação Patmos. A ação também mira o chamado “quadrilhão do MDB”. As informações são da Coluna Fausto Macedo, do jornal O Estado de S.Paulo.
Coronel Lima, amigo de Michel Temer, foi denunciado por organização criminosa junto com emedebistas como Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo Rocha Loures. Ele é apontado por delatores da J&F como destinatário de R$ 1 milhão de um total de R$ 15 milhões. O montante havia sido prometido ao então vice-presidente da República (Michel Temer). O caso tramitava, até a última semana, na 12ª Vara Federal em Brasília, mas após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª região (TRF-1) deve voltar ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara, informou a reportagem.
De acordo com a defesa, a manipulação foi exposta em interceptação telefônica na qual Saud se comunica com interlocutor cujo nome é Rodolpho. No grampo, o delator pede para que o nome do ex-assessor de Temer, o advogado José Yunes, não conste em relatório, e que fosse incluído o do coronel.