Os dados são da pesquisa Ibope, contratada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo
Líder no cenário mais provável para a eleição, sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado Jair Bolsonaro (PSL) é mais rejeitado entre as mulheres. Também enfrenta a maior resistência entre jovens eleitores e na região Nordeste. Os dados são da pesquisa Ibope, contratada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo.
O candidato do PSL tem 37% de rejeição no total. De acordo com o levantamento, 41% das mulheres afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum, taxa que ficou em 33% entre os homens. A dificuldade do candidato entre as mulheres vem sendo explorada por adversários. Recentemente, o ex-capitão foi confrontado por Marina Silva (Rede) sobre a falta de propostas para o público feminino.
Na região Nordeste, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva historicamente apresenta seus melhores números, a resistência a Bolsonaro alcança 46%, taxa que cai nas demais regiões. No Norte e no Centro Oeste é de 30%.
O presidenciável do PSL enfrenta maior resistência também entre os que tem ensino superior, com 45% de rejeição. Entre os eleitores com 16 a 24 anos, 45% descartaram o deputado do PSL como opção de voto, percentual que cai para 31% entre os que tem mais de 55 anos. Bolsonaro é mais rejeitado por pretos e pardos (39%) do que por brancos (34%) e tem mais resistência de católicos (38%) do que de evangélicos (30%).
Geraldo Alckmin (PSDB) também é mais rejeitado por homens (28%) do que mulheres (22%). A dificuldade que o tucano tem para entrar no Nordeste também fica expressa no levantamento. Sua taxa de rejeição é de 28% no Nordeste, caindo para 20% no Sul. Fica praticamente estável entre os que tem acima de 24 anos, oscilando entre 26% e 27%, sendo mais baixa (20%) entre os mais jovens. Ele é descartado por 28% dos que tem renda familiar acima de cinco salários mínimos, taxa que cai a 24% entre os que recebem até um salário mínimo.
No caso de Marina Silva (Rede), a variação entre a taxa de rejeição é quena nos diferentes extratos. A resistência é maior entre homens (25%) do que entre as mulheres (22%). Em relação a faixas etárias, ela é mais rejeitada entre os que tem mais de 55 anos, com 25%.
Em relação a renda familiar, a maior rejeição está entre os que recebem entre 1 e 2 salários mínimos (28%). Marina tem a mesma rejeição entre católicos e evangélicos, de 23%, e é refutada mais por brancos (25%) do que pretos e pardos (22%). A rejeição a seu nome varia pouco entre as regiões, sendo pouco maior no Sul e Sudeste, com 24%, e um pouco menor em Norte e Centro-Oeste, 21%.
Ciro Gomes (PDT), por sua vez, é mais rejeitado na sua região de origem, o Nordeste. Sua taxa é de 23% na região, com o percentual indo para 19% nas regiões Norte e Centro-Oeste. Ele é mais rejeitado entre homens (25%) do que mulheres (17%). Dos que tem entre 45 e 54 anos, 27% descartam o pedetista como opção de voto, número que é de 15% entre os que tem até 24 anos. A rejeição dele é maior entre os que ganham mais de cinco salários mínimos (24%), caindo para 19% entre os que recebem até um salário mínimo.
REJEIÇÃO DE HADDAD
Atualmente vice de Lula, mas provável candidato do PT, Fernando Haddad é mais rejeitado por homens (19%) do que por mulheres (13%). Tem mais resistência entre os que tem mais de 55 anos (21%) que entre os mais jovens (10%). A maior resistência ao petista é no Sudeste (21%), com o menor índice sendo registrado nas regiões Norte e Centro-Oeste (11%).