Presidente tem dois inquéritos na Corte
O ministro Luís Roberto Barroso autorizou, a pedido da Polícia Federal, o compartilhamento de provas de um inquérito que tem Michel Temer como alvo, segundo informações do jornal "O Globo".
Os policiais que tocam a investigação, relatada pelo ministro Edson Fachin, agora poderão consultar as provas do primeiro inquérito.
O processo também tem como investigados os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e de Minas e Energia, Moreira Franco, e tem como origem a delação da Odebrecht.
O inquérito apura entregas de dinheiro feitas no escritório do advogado José Yunes, amigo de Temer, e também pagamentos no Rio Grande do Sul, que seriam destinados a Padilha.
Segundo a delação dos executivos da Odebrecht, houve um acerto da empreiteira, selado em um jantar no Jaburu, de repassar R$ 10 milhões para o MDB em 2014, quando Temer era candidato à vice-presidência na chapa de Dilma Rousseff.
Além disso, Temer também está sendo investigado por supostas irregularidades no setor portuário. Este segundo inquérito analisa se um decreto editado por Temer em 2017 beneficiou a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos. O processo tem origem na delação de executivos da J&F, grupo controlador da JBS. O presidente nega irregularidades nos dois inquéritos.