Ministro da Fazenda diz que há uma série de problemas fiscais a serem resolvidos antes de levar a reforma adiante
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse na segunda-feira (20) à noite, em São Paulo, que não vê a “menor possibilidade” de que uma reforma tributária ampla seja votada e aprovada ainda em 2018. De acordo com o ministro, há uma série de problemas fiscais que precisam ser resolvidos antes de se levar adiante a reforma.
“Reforma tributária ampla eu não vejo a menor possibilidade de ser aprovada este ano. O que nós temos é que avançar na direção correta: a gente tem que corrigir o PIS, a Cofins, tem que corrigir as distorções do ICMS. Corrigindo as distorções desses impostos, a gente pode pensar em um IVA nacional”, disse em evento promovido pelo jornal Valor Econômico.
O IVA (Imposto de Valor Agregado), citado pelo ministro, unificaria em uma só taxa diversos tributos como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o ISS (Imposto Sobre Serviços), e o IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados). “Mas não dá para esperar dez anos para chegar ao IVA nacional sem corrigir os problemas que a gente tem hoje”, ressaltou.
A Comissão Especial da Câmara dos Deputados deverá ter, após as eleições, a nova legislação tributária pronta para votação. A Proposta de Emenda Constitucional nº 293/04, no entanto, só poderia ser aprovada após o fim da vigência da intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro (Decreto nº 9.288/18), prevista para 31 de dezembro de 2018.