Meta é vacinar 95% de 11,2 milhões de crianças no público-alvo até o dia 31; 5,7 milhões de doses de cada vacina já foram aplicadas
Mais da metade das crianças que formam o público-alvo da campanha nacional contra o sarampo e a poliomielite já foi imunizada, segundo o Ministério da Saúde. Até esta segunda-feira, 20, 51% das crianças entre 1 ano e 5 anos receberam as doses. O dia D da campanha foi no sábado e deu um salto na cobertura vacinal. Até então, apenas 16% haviam recebido a vacina, o que preocupava especialistas.
A meta do ministério é vacinar 95% de 11,2 milhões de crianças no público-alvo; 5,7 milhões de doses de cada vacina já foram aplicadas.
No Estado de São Paulo, a cobertura vacinal está em 57,14% para poliomielite e em 56,34% para o sarampo. "Estamos observando que a média está boa. As pessoas têm até o dia 31 para levar os filhos e a nossa proposta é não prorrogar a campanha", diz Helena Sato, diretora técnica de imunização do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado.
Ela vê adesão superior a de outros mutirões recentes. "Está melhor do que a campanha da gripe, que teve, para crianças, uma cobertura de 66,6% até 2 de agosto." A diretora diz que a circulação de informações sobre as doenças contribuiu para a conscientização dos pais. "A comunicação conseguiu deixar claro que ambas as doenças têm o risco de chegar ao Estado de São Paulo. Já tem casos de sarampo no País e existe o risco real de o vírus entrar no Estado."
A campanha nacional foi antecipada no Estado de São Paulo e teve início no dia 4. No restante do País, começou no dia 6. No Estado, devem ser vacinadas 2,2 milhões de crianças contra as doenças e, na capital, serão 562.392 - até segunda, foram administradas 314.128 doses contra pólio (paralisia infantil) e outras 309.572 doses da vacina SCR, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.
No País
O Estado de Rondônia lidera o ranking da cobertura vacinal até o momento, com 85,03% para a poliomielite e 83,45% para o sarampo. "Entre as coberturas mais baixas, destacam-se: Rio, com 29,49% do público-alvo vacinado para pólio e 31,33% para sarampo; e Pará, que tem 33,60% pólio e 33,59% para sarampo", informa o ministério.
O País teve 1.237 casos de sarampo registrados desde o início do ano e enfrenta dois surtos. Segundo boletim divulgado no último dia 14 pelo Ministério da Saúde, havia 910 casos confirmados, com duas mortes, no Amazonas; e 296 casos, com quatro mortes, em Roraima. Há ainda casos isolados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio, Rondônia e Pará. Nesta sexta-feira, 17, foram confirmados dois casos em Pernambuco.
O esquema vacinal para poliomielite é composto por três doses administradas aos 2, 4 e 6 meses, sendo necessários dois reforços aos 15 meses e aos 4 anos. Já a imunização contra o sarampo é feita por meio da vacina tríplice viral, que protege também contra rubéola e caxumba. O esquema vacinal é de uma dose aos 12 meses, com um reforço aos 15 meses.
O País não registra casos de poliomielite desde 1989 e não relatou casos de sarampo em 2016 e no ano passado.