A permanência do delegado à frente do inquérito dos portos seria motivo de divergência
O delegado da Polícia Federal Cleyber Malta Lopes deve seguir responsável pelo inquérito dos portos, que tem como principal alvo o presidente Michel Temer. No entanto, a permanência do delegado à frente da investigação é alvo de divergência, segundo revelou a Coluna do Estadão de Andreza Matais.
No fim de junho, a decisão que permitiu a prorrogação do Inquérito dos Portos foi assinada pelo ministro Luís Roberto Barroso. Ele ainda definiu: !Autorizo o delegado Cleyber Malta Lopes a prosseguir com as diligências de investigação”.
A menção ao nome do delegado foi avaliada dentro da PF como uma blindagem para evitar sua substituição no caso, refere a coluna.
A PF teria estranhado o ministro ter citado no despacho o Parágrafo 4.º da Lei 12.830/2013, pelo qual um delegado só pode ser substituído no inquérito se o superior hierárquico fundamentar a decisão, apontando interesse público ou falhas na investigação.
Cleyber já foi alvo de críticas por ter ouvido mais o ministro Barroso do que seus colegas. Além disso, foi acusado de estar demorando demais para concluir as apurações iniciadas há dez meses, embora tenha recebido toda a infraestrutura pedida.
O ministro Barroso disse que não comenta investigação sob sigilo. A assessoria da Polícia Fedeferal negou intenção de substituir o delegado no inquérito dos Portos e disse que o prazo é estabelecido pelo ministro.