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MANCHETE: Número de empresas inadimplentes sobe 9,4% em junho

Dívidas também cresceram, enquanto a quantidade de créditos em atraso que foram pagos caiu




A quantidade de empresas com dívidas em atraso e registradas em cadastros de inadimplentes cresceu 9,41% em junho em relação a igual mês de 2017, segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Foi a maior alta desde setembro de 2016, quando o indicador havia subido 9,61%. Na comparação com maio, o aumento foi de 0,46%.


Para o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, o avanço da inadimplência em junho é consequência da atividade econômica ainda fraca e da demora na recuperação do mercado de trabalho.


“Apesar dos sinais de retomada da economia, ainda há efeitos da crise que prejudicam o fluxo de caixa das empresas, fazendo que com que muitas não consigam honrar seus compromissos financeiros. Para os próximos meses, espera-se que a atividade econômica se mantenha fraca e o desemprego elevado, o que sinaliza um cenário ainda difícil para a recuperação de crédito”, diz em nota.


Por região

O Sudeste foi a região em que foi registrado o maior aumento de empresas inadimplentes, com alta de 16,11% em junho, na comparação anual. Segundo o SPC Brasil e a CNDL, a alta intensa se deu por conta da revogação de uma lei no estado de São Paulo que exigia que os credores enviassem uma carta com Aviso de Recebimento (AR) aos inadimplentes antes de registrar o atraso.


Na sequência vem o Sul (crescimento de 5,16%), Nordeste (3,84%), Centro-Oeste (3,55%) e Norte (2,06%).


Dívida também cresceu

Já as dívidas em atraso das empresas subiram 7,9% em junho, na comparação anual. Frente a maio, a alta foi de 0,31%.

O levantamento mostra ainda que 70% dos compromissos com pagamento atrsado são com companhias do setor de serviços. Para o comércio, a parcela é de 17% e para a indústria, de 12%.


Recuperação de crédito cai

Enquanto o número de empresas inadimplentes e o tamanho das dívidas que elas acumulam cresceu, a quantidade de créditos em atraso que foram quitados caiu 0,86% no acumulado de 12 meses até junho.


Do total de empresas que conseguiram "limpar o nome" em junho, 47% atuam no ramo do comércio, 39% são do setor de serviços e 10% da indústria.

“Para os próximos meses, espera-se que ainda haja um cenário de dificuldade, uma vez que as expectativas de crescimento da economia e do mercado de trabalho foram revisadas para baixo”, diz em nota a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

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