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ALFINETADA: Temer gasta mais com publicidade mas mantém impopularidade recorde

Dados do Tesouro mostram que o presidente gastou, entre junho de 2016 e junho de 2018, 4,5% a mais do que a ex-presidente Dilma entre junho de 2012 e junho de 2014



Michel Temer é o presidente da República mais impopular desde a redemocratização do país, em 1985. A mais recente pesquisa CNI-Ibope, divulgada em junho, aponta que 79% dos brasileiros consideram o governo ruim ou péssimo, contra 4% que o consideram ótimo e bom.


A Agência Contas Abertas comparou os gastos com publicidade do período de governo de Temer, desde que assumiu o Planalto no afastamento de Dilma Rousseff, em maio de 2016, com o igual número de meses que antecederam a reeleição da ex-presidente. Dados do Tesouro Nacional mostram que Temer gastou, entre junho de 2016 e junho de 2018, 4,5% a mais do que a ex-presidente Dilma Rousseff entre junho de 2012 e junho de 2014.


Desde 7 de julho, a legislação eleitoral proíbe a chamada propaganda institucional, destinada a promover a imagem do governo. Exceções são previstas apenas para casos de “grave e urgente” necessidade pública. A publicidade de utilidade pública governo e de produtos e serviços que disputem mercado não sofre limitação.


Em valores já atualizados pela inflação, a publicidade institucional de Temer consumiu R$ 476,3 milhões contra R$ 455,4 milhões desembolsados nos dois anos antes da reeleição de Dilma Rousseff.


Ainda de acordo com dados do Tesouro Nacional, junho de 2014 foi o mês em que a ex-presidente mais gastou com publicidade, justamente quando o PT oficializou sua candidatura à reeleição.


No período de governo Temer, abril de 2018 destaca-se pelo volume de gastos. Nessa altura do mandato, o governo já havia deixado de lado a reforma da Previdência, um dos principais temas da publicidade institucional. Em maio, o governo levaria ao ar campanha sobre os dois anos de Temer no Planalto. A campanha enfatizava que o país havia saído da recessão, e a economia dava sinais de recuperação. A ideia era mostrar que os dois anos de governo Temer haviam salvado o Brasil. Maio também foi o mês da greve dos caminhoneiros. Foi quando Temer desistiu oficialmente de disputar as eleições de outubro.

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