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NOVIDADE: Operação da PF combate clonagem de celulares de autoridades



Organização criminosa roubava contas do WhatsApp de figuras públicas e solicitava transferências bancárias no nome destas pessoas


A PF (Polícia Federal) iniciou a operação Swindle nesta terça-feira (17) para desarticular um grupo que aplicava golpes em autoridades públicas por meio da clonagem dos celulares e roubo das contas de aplicativo de mensagens. Os criminosos utilizavam o aplicativo para aplicar golpes na lista de contatos do dono do aparelho.


Em março, os alvos da investigação haviam clonado os celulares dos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha e da Secretaria de Governo, Carlos Marun, e do ex-ministro do Desenvolvimento Social e Agrário Osmar Terra.


A polícia cumpre cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva no Maranhã e Mato Grosso do Sul.


Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Brasília. A investigação aponta que a organização criminosa abria contas bancárias falsas e utilizava contas "emprestadas" para receber valores das fraudes.


Os criminosos se apropriavam de contas do WhatsApp de autoridades públicas e solicitavam transferências bancárias no nome destas pessoas.


A operação foi batizada de Swindle, palavra que significa "fraude" em português.


Alvos da organização

O ministro Carlos Marun foi o primeiro dos ministros a ser alvo do grupo. Como mostrou o Estado em março, após ser acionado via o aplicativo, um amigo pessoal do ministro se dispôs a fazer um depósito. De acordo com o ministro, quem trocava mensagens com ele recebia de volta um pedido de "um favor" seguido da pergunta se o contato possuía conta do Banco do Brasil.


Braço direito do presidente Michel Temer, o ministro Eliseu Padilha foi alvo duas vezes do grupo criminoso. Após trocar pela segunda vez de celular por causa da clonagem, o emedebista enviou uma mensagem aos seus contatos. "Atenção: este meu celular foi clonado e soube que estão fazendo pedidos indevidos em meu nome. Não atendas nem mandes mensagens para este número. Vou tratar de responsabilizar criminalmente o clonador", escreveu Padilha.

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