Ex-marinheiro tentava retornar à central de comando da operação quando sentiu falta de ar. Time de futebol está há duas semanas perdido no local
Um ex-mergulhador da Marinha tailandesa morreu na madrugada desta sexta-feira (6) durante a operação para resgatar 12 garotos de um time de futebol e seu treinador de uma caverna no norte da Tailândia. A informação foi confirmada por uma fonte da Marinha da Tailândia à rede CNN.
O ex-marinheiro, que trabalhava como voluntário no resgate, morreu devido à falta de ar enquanto tentava retornar ao centro de comando da operação, a dois quilômetros do local onde está, há duas semanas, o time de time de futebol.
Uma enorme operação está em andamento no complexo de cavernas de Thuam Luang, no norte da Tailândia. A Marinha tailandesa ainda pesquisa a melhor maneira de retirar o grupo.
Os membros do time de futebol Wild Boar foram dados como desaparecidos em 23 de junho, quando eles não retornaram de um passeio depois do treino de futebol.
O nome do ex-marinheiro é Samarn Kunan, que tinha 38 anos.
Sem condições físicas
Médicos que examinaram os 12 meninos e seu técnico de futebol chegaram à conclusão que eles ainda não têm condições físicas de sair de maneira segura do local, especialmente se tiverem de fazer um mergulho. Por isso, retirá-los nesta quinta (5) foi descartado.
Pelo menos dois dos meninos apresentam sinais de exaustão e fadiga, após passarem quase duas semanas confinados em um pequeno espaço elevado acima da água, no escuro, sem poder se movimentar muito, sendo nove dias praticamente sem comida.
A meteorologia está prevendo novas chuvas fortes na região, o que aumenta a urgência na busca de soluções para retirar o grupo.
Além das bombas que estão retirando enormes volumes de água de dentro da cavernas, os fuzileiros tailandeses agora passaram a bombear oxigênio para dentro da caverna. Foi nessa operação que o marinheiro morreu.
Houve várias tentativas de passar um cabo telefônico para que os meninos possam se comunicar com os familiares que estão na parte de fora da caverna, mas nenhuma foi bem sucedida ainda.
De 20 a 30 equipes de voluntários percorrem a parte externa da montanha. Segundo relatos, os meninos disseram ter ouvido barulhos como cães latindo e um galo cantando, indicando que pode haver algum buraco que ligue o teto da caverna ao exterior, que seria uma rota mais segura para retirá-los.
