Os três já estão presos por condenação no mensalão do PT. Eles são acusados de peculato e lavagem de dinheiro
Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz foram condenados na última sexta-feira (15/6) a 16 anos e 9 meses de prisão, em regime fechado, por peculato e lavagem de dinheiro. A condenação, em 1ª instância, foi proferida pela 9ª Vara Crimina de Belo Horizonte. Ainda cabe recurso. A informação é da Globonews.
Os três são acusados de terem cometido os crimes durante a campanha eleitoral para a reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas Gerais, em 1998. Eles também terão que pagar 400 dias-multa, cujo valor foi fixado em um salário mínimo correspondente ao valor vigente na época dos delitos.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, dentre as estatais investigadas estão a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) e Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), que foi privatizado em setembro de 1998.
Segundo o processo, as agências de publicidade SMP&B, em que Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach eram sócios à época, e DNA Publicidade e Propaganda captaram verbas de patrocínio para realização do Enduro da Independência, do Supercross e do Iron Biker, mas o dinheiro acabou sendo usado na campanha de Azeredo, que perdeu a eleição para Itamar Franco (PMDB).
Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz já cumprem pena de prisão por terem sido condenados no mensalão do PT. Eles estão na Associação de Proteção ao Condenado (Apac) de Nova Lima.