A FUP alertou que pretende reproduzir a paralisação de 1995, a maior da categoria, que culminou em demissões e problemas de abastecimento
O Conselho Deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) se reuniu, em Curitiba nesta terça-feira (12/6), para definir os próximos passos do movimento de greve, agora por tempo indeterminado. Assim como os empregados da Eletrobras, a categoria também se viu obrigada a suspender uma greve de 72 horas no final de maio por força da Justiça depois que Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerou a greve abusiva e determinou multa diária de R$ 1 milhão em caso de continuidade.
Durante o encontro, a FUP alertou que a greve deste ano, já aprovada em assembleias, pretende reproduzir a paralisação de 1995, a maior greve da categoria, com duração de mais ou menos um mês. Na época, a paralisação trouxe problemas no abastecimento de combustíveis do país, além de demissões e outras punições aos grevistas.
Na reunião desta terça (12), dirigentes da FUP ressaltaram que a greve visa interromper o que eles classificam como “desmonte da Petrobras”, com um plano de US$ 21 bilhões de desinvestimentos. Entre os ativos anunciados à venda estão quatro refinarias da estatal, cujos trabalhadores poderão ser demitidos, segundo a federação.
Entre outras palavras de ordem, os petroleiros afirmaram na reunião que se houver greve de fato, eles irão parar o Brasil, como ocorreu recentemente na greve dos caminhoneiros.