Destroços de um avião foram encontrados na noite de terça-feira (22) na reserva indígena Rio Branco, localizada na região do município de São Miguel do Guaporé, entre as Linhas 82 e 90. Devido às condições, não foi possível identificar o prefixo e nem o modelo da aeronave. A polícia acredita que pode ser uma aeronave que estava desaparecida desde o dia 13 de maio.
De acordo com a polícia, desde os relatos de que um avião estava sobrevoando a Reserva Rio Branco muito baixo e logo em seguida foi ouviu-se uma grande explosão, no dia 13 de maio, a Polícia Militar iniciou as buscas. No entanto, devido a extensa área de 236 mil hectares de mata fechada, houve a demora na localização. No primeiro dia de buscas, foram percorridos 7 quilômetros. No segundo, os policiais militares ouviram as pessoas que testemunharam o fato para poder traçar um quadrante da possível queda. Já no terceiro dia, com apoio de policiais militares de Ji-Paraná, que usaram um drone, toda área foi monitorada e após mais de 12 horas de buscas, nada foi encontrado.
Como havia apenas relatos de sitiantes e nada foi encontrado, as buscas foram encerradas no dia 17, mas mesmo assim patrulhas rurais passavam pelas linhas em buscas de novas informações. Ainda conforme a polícia, houve contato com a Base da Aeronáutica em Porto Velho e em Manaus e não foram constatados nenhum registro de voos naquela região, bem como não havia registros de aeronave desaparecida até aquela data. Já no último dia 18, um jovem de Ji-Paraná procurou o quartel da Polícia Militar, em São Miguel, relatando que seu pai estava desaparecido desde o dia 13. O jovem contou que ele era piloto e trabalhava com uma aeronave própria em um garimpo no estado do Pará, sendo que havia decolado do garimpo no dia 13 com destino a cidade de Ariquemes, onde residia. Com as novas informações, a polícia reiniciou as buscas e solicitou apoio ao Corpo de Bombeiros, onde foram disponibilizadas equipes de busca e uma aeronave. De acordo com a PM, a família do piloto desaparecido financiou um grupo de sitiantes locais para fazer buscas dentro da mata e alugou um helicóptero particular. Após 10 minutos de voo, o piloto do helicóptero avistou os destroços dentro da mata e passou as coordenadas para o grupo que estava em terra para chegar até ao local da queda, que fica no topo de uma serra. Em meio aos destroços da aeronave que explodiu, a equipe encontrou restos de um crânio humano carbonizado. De acordo com a polícia, a região é frequentemente usada por traficantes para arremessar grandes quantidades de drogas. Há a possibilidade de que a aeronave estava sendo usada por narcotraficantes.