A Corte realizou pregão eletrônico na quarta-feira (9/5), mas não conseguiu concluir a aquisição, pois os preços estavam acima do previsto
Além de rever a quantidade de seguranças à disposição dos ministros e familiares, o Supremo Tribunal Federal (STF) negocia a compra de um lote de coletes à prova de bala para uso dissimulado sobre a roupa social.
A Corte realizou pregão eletrônico na quarta-feira (9/5), mas não conseguiu concluir a aquisição porque os preços ofertados estavam acima do previsto em edital. Quatro empresas entraram na disputa. A Corte não conseguiu negociar a redução do valor com nenhuma delas, e a licitação foi cancelada.
Ao todo, seriam comprados 56 coletes balísticos para uso oculto — apenas um deles é modelo feminino. O valor total estimado é de R$ 46 mil. Os custos unitários variam de R$ 742,19 a R$ 1.169,76. As peças devem ser resistentes a disparos de projéteis de arma de fogo calibre .44 e 9 mm, de alta velocidade.
Na segunda-feira (14/5), a assessoria de imprensa do STF não tinha a informação de uma nova tentativa de compra a ser realizada, nem se os ministros poderiam fazer uso dos apetrechos. O edital do pregão não deixa claro quem seriam os usuários, mas faz referência à mobilidade de “agentes” vestidos com os coletes ocultos.
Ameaça A medida é tomada após o relator da Lava Jato, Edson Fachin, afirmar que ele e a família sofriam ameaças. O ministro, no entanto, não esclareceu se as intimidações têm relação com a operação que levou à cadeia políticos e empresários do país.