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GRAVE: Gol ofereceu passagens para políticos buscarem propina, diz delator


De acordo com a revista Crusoé, o assessor da presidência do PP teria entregue documentos à PF que comprovam as operações



De acordo com documentos comprobatórios obtidos pela Polícia Federal (PF), a companhia aérea Gol ofereceu passagens gratuitas a políticos: as viagens serviriam para transportar propina. As provas estão sob o poder da força-tarefa da Operação Lava Jato. A informação é de Filipe Coutinho, da revista Crusoé.


Conforme a reportagem, os registros mostram que pelo menos dois políticos foram beneficiados com bilhetes da Gol. As passagens teriam sido emitidas por ordem direta de Henrique Constantino, filho do fundador da companhia, Nenê Constantino.


Ex-assessor de políticos da cúpula do Partido Progressista (PP), José Expedito Almeida teria entregue o material aos investigadores. Há duas semanas, ele foi pivô de uma operação da PF deflagrada para apurar uma tentativa de silenciá-lo. Com base na diligência, parlamentares do PP teriam tentado suborná-lo para evitar colaboração com a Lava Jato.


Segundo a Crusoé, um assessor da Gol era responsável pela liberação das passagens. Os beneficiados com a “gentileza da companhia” seriam o senador Ciro Nogueira, o deputado Eduardo da Fonte e o próprio José Expedito, todos integrantes do Partido Progressista.


O assessor dos parlamentares afirmou que, em um dos voos com destino ao Rio de Janeiro para buscar propina, Ciro Nogueira estava a bordo.


O texto destaca que, além dos documentos comprovando o benefício oferecido pela companhia aos políticos, José Expedito também entregou à PF e-mails de 2005 indicando o quanto Henrique Constantino era solícito ao atender pedidos do PP.


Em mensagem, um dos funcionários da Gol comunica as ordens de Constantino a partir de uma solicitação da sigla: mudar o roteiro de uma “misteriosa carga” que iria de São Paulo para Recife – eles também exigiam que o transporte fosse acompanhado e a encomenda entregue pessoalmente, informa a publicação.


Outro lado Em nota, Henrique Constantino disse à Crusoé que “segue colaborando com as autoridades para o total esclarecimento dos fatos”. A companhia Gol não quis se manifestar sobre a denúncia.


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