Técnica menos invasiva promete melhorar sintomas da doença que atinge cerca de 20% dos brasileiros
Azia, queimação e indigestão. Estes são alguns dos sintomas de quem sofre com refluxo gastresofágico, doença que atinge cerca de 20% da população brasileira, segundo dados de especialistas. A boa notícia é que médicos da Faculdade de Medicina do ABC estão trazendo para o País um novo tratamento para refluxo que promete acabar com os sintomas e diminuir o uso de remédio em pacientes que apresentam crises constantes.
O Sistema Stretta, nome dado ao novo tratamento, além de ser menos invasivo do que uma cirurgia, dura cerca de 40 minutos e permite que o paciente saia no mesmo dia da execução do procedimento, sem cortes ou cicatrizes. De forma semelhante ao que ocorre em uma endoscopia, a pessoa é sedada, tem um cateter introduzido pela boca e o equipamento percorre o trajeto em direção ao esôfago. Ao chegar ao esôfago, a sonda emite ondas de radiofrequência na musculatura do órgão, cessando o refluxo.
O tratamento já é realizado em 40 países, como Austrália, China e Estados Unidos. No Brasil, a ANVISA liberou o procedimento em julho deste ano. Para Eduardo Grecco, gastrocirurgião que trouxe a técnica para o País, o procedimento permite que o paciente deixe de usar remédios de forma diária e proporciona uma qualidade de vida maior. “ Os pacientes ficam em torno de oito anos sem sintomas e sem uso excessivo de medicação”, diz.