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BOMBA DO DIA: Prefeito de Candeias é acusado de pagar R$ 97 mil por material não recebido



O prefeito Luís Ikenohochi, de Candeias do Jamari, terá que explicar ao Ministério Público de Rondônia (MP/RO) porque autorizou o pagamento de uma compra feita pela prefeitura, sem que o material fosse entregue ao município. A compra, no valor de R$ 97,23 mil, era para a aquisição de materiais de roçadeiras para a reposição de estoque da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Semusp).


Efetivada no ano passado, a compra do material que não foi entregue à prefeitura foi paga em duas parcelas. A primeira, no valor de R$ 49.966,40, foi paga no dia 1o de setembro de 2017, conforme transação de transferência comprovada em documento expedido pelo Banco do Brasil. A segunda parcela, no valor de R$ 47.266,40, foi paga no dia 10 de novembro do ano passado, transação também comprovada expedido pelo banco.


Apesar de pagamento ter sido feito na sua totalidade, até hoje, seis meses após sua quitação, nenhum material foi entregue ao município pela referida empresa. A denúncia partiu dos próprios funcionários da Semusp, que indignados com o caso, relataram o fato à Câmara Municipal. Uma fiscalização feita pelos vereadores Lucivaldo Fabrício(PSDC), Professor De Assis (PC do B), Marcos da Hora (MDB) Edcarlos (SD) e Beijim (PTB) constatou a veracidade da denúncia.


Na inspeção realizada na Semusp, os vereadores não encontraram nenhuma peça para as roçadeiras. Havia no local apenas quatro roçadeiras todas antigas e nenhum equipamento novo. Chamou atenção também o valor do contratado (mais de R$ 97 mil) para a manutenção de apenas quatro máquinas. Com esse valor daria para a prefeitura comprar 48 roçadeiras novas, que no preço de hoje custa em média R$ 2 mil.


A Câmara já conseguiu reunir toda a documentação que compravam a realização da compra e a não entrega do material. Os vereadores também ouviram servidores da secretaria e todas as informações apuradas, assim como a documentação, serão encaminhadas para o Ministério Público Estadual para que o órgão de controle externo abre investigação do caso. Cópias também serão enviadas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/RO) para que também apure o caso.

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