Estudo mostra que inflamações podem atingir o fluxo sanguíneo bloqueando a passagem ao coração
O infarto ou ataque cardíaco é responsável por 25 milhões de óbitos, anualmente, sendo uma das principais causas de morte no mundo. Além dos fatores de riscos já conhecidos, como fumar, obesidade e sedentarismo, um estudo feito pelo Hospital Universitário do Centro Médico de Cleveland, nos Estados Unidos, mostra que doenças inflamatórias intestinais (DII) podem também aumentar em 23% as chances de um infarto.
O principal causador desse aumento, segundo o estudo, é a inflamação que ocorre em decorrência das doenças, mais conhecidas como doença de Crohn e retocolite. Da mesma forma que atacam a região do intestino, podem passar a atacar as artérias, o que geraria um bloqueio na passagem sanguínea e, consequentemente, riscos altos para o coração. De acordo com o cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Élcio Pires Júnior, as DII exigem também um cuidado com checkups cardiológicos.
"Com base nesse novo estudo é preciso reafirmar a importância de acompanhamento médico também para o coração, não esquecendo a complexidade das inflamações causada pela doença e sua influência no corpo como um todo. Com esse cuidado é possível analisar com antecedência caso haja alguma alteração cardiovascular e diminuir os riscos de ter um infarto".
Sintomas de infarto
Os mais comuns são dores do lado esquerdo do peito em forma de aperto, que podem passar para o braço esquerdo ou direito, além de palidez, enjoo, suor frio e tontura. Eles surgem de forma gradual e duram mais de 20 minutos. “A dor de estômago também pode ser um dos sintomas vindo com um aperto ou queimação como se estivesse um peso em cima do paciente”, explica o especialista.
A melhor forma de prevenção é adotar um hábito de vida saudável, realizar o tratamento da doença de forma correta e realizar exames periódicos para checar a saúde do coração. “A dieta é fundamental para o bom funcionamento do corpo. Seguir uma alimentação balanceada e se manter longe do sedentarismo sempre trará benefícios e manterá uma boa imunidade”, finaliza Élcio.