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MANCHETE: Vacinação contra a gripe começa nesta segunda em todo o Brasil

Vacina é gratuita e será oferecida apenas a grupos vulneráveis, como crianças, idosos e gestantes; meta do governo é imunizar 54 milhões de pessoas

Começa nesta segunda-feira (23) em todo o Brasil, a campanha de vacinação contra a influenza. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 54,4 milhões de pessoas que fazem parte do chamado grupo de risco, pessoas que podem ser mais vulneráveis às infecções respiratórias pelos vírus influenza, entre eles o H1N1 e o H3N2.


Fazem parte deste grupo, crianças de seis meses a cinco anos, idosos acima de 60 anos, gestantes, puérperas, indígenas, profissionais de saúde, pessoas privadas de liberdade, funcionários do sistema prisional, pessoas com doenças crônicas como hipertensão e diabetes, transplantados e professores da rede pública e privada.


Em São Paulo, a expectativa é vacinar 10,7 milhões de pessoas, o que corresponde a 90% da população-alvo da campanha. Ao todo, 6,5 mil postos de vacinação vão participar da campanha em todo o Estado. São mais de 36 mil profissionais envolvidos.


No Rio de Janeiro, por causa de um feriado estadual, a campanha começa na terça-feira (24). A meta é vacinar 4,5 milhões de pessoas nos 92 municípios fluminenses.


Para se vacinar, basta ir até uma unidade de saúde, levar um documento com foto e, se possível, o cartão do SUS e a carteirinha de vacinação.


Por decisão do Ministério da Saúde, a campanha vai ser dividida em fases. A primeira, que começa nesta segunda, vai ser voltada para pessoas com 60 anos ou mais, profissionais de saúde e população indígena.


Vacina aplicada no SUS

Este ano, a vacina aplicada durante a campanha na rede pública de saúde é a trivalente, capaz de proteger contra três tipos de vírus: H1N1, H3N2 e FluB.


Muitas pessoas questionam se a vacina aplicada no Brasil vai proteger contra o vírus que círculos no segundo semestre do ano passado nos Estados Unidos e foi responsável por uma epidemia no país.


A expectativa de especialistas é que a vacina brasileira seja mais eficaz que a norte-americana por causa do subtipo de vírus.

A vacina aplicada nos Estados Unidos protegia contra o H3N2 de uma família, ou cepa, chamada de Hong Kong. Mas, a que circulou e fez vítimas no país norte-americano, foi da cepa Singapura.


A vacina que vai ser aplicada na campanha de vacinação do Ministério da Saúde em todo o Brasil protege contra esta cepa chamada de Singapura, como explica a infectologista do Hospital Emílio Ribas, Rosana Richrmann:

“A expectativa, mas é apenas uma expectativa, é que o H3N2 que circulou nos Estados Unidos circule aqui entre nós. Neste momento, a gente está vendo que está acontecendo a cocirculação dos três vírus, o H1N1, o tipo B e o H3N2. A vacina protege contra os três. A diferença é que a cepa que está dentro da vacina H3N2 do Brasil é diferente da cepa que estava dentro da vacina dos norte-americanos. Na nossa está a mesma cepa que circulou nos Estados Unidos. Então, em teoria, a nossa vacina vai ter um desempenho melhor do que foi a deles”.



Vacina não provoca gripe

De acordo com a infectologista Marta Heloisa Lopes, do Departamento de Moléstias Infeciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP, não existe a possibilidade da vacina contra a influenza causar gripe.

“A vacina não causa gripe porque é uma vacina de vírus mortos, inativados, e além disso, fracionados. É uma vacina de subunidades do vírus. Diferente das vacinas de vírus vivos, o vírus Influenza não é capaz de se replicar no nosso organismo, uma vez que não está vivo. Portanto a vacina é incapaz de causar gripe”, explica.


A médica também destaca que quem tomou a vacina no ano passado precisa tomar de novo porque os vírus influenza sofrem mutações e a composição da vacina muda de um ano para outro. Portanto todo ano as pessoas precisam ser vacinadas para ficarem protegidas.





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