Durante discurso na 8ª Cúpula das Américas, no Peru, presidente afirmou que o crime tira recursos “valiosos da educação, saúde e segurança”
O presidente Michel Temer (MDB) declarou, no último sábado (14/4), durante reunião da 8ª Cúpula das Américas, realizada em Lima, no Peru, que o combate à corrupção é algo indispensável no momento atual. Temer, no entanto, é investigado pelo Superior Tribunal Federal (STF) por suspeitas de ter recebido propina por meio de amigos.
“A corrupção corrói tecidos sociais, compromete a gestão pública e privada, tira recursos valiosos da educação, saúde e segurança. O combate à corrupção é imperativo da democracia”, declarou o presidente.
Envolvido com o tema do encontro deste ano, Temer afirmou que “a democracia é a melhor arma para fazer frente a esse mal, é o que demonstra a experiência brasileira”, continuou o emedebista para os líderes.
Michel Temer é investigado pelo suposto recebimento de propinas por meio dos amigos José Yunes e João Baptista Lima Filho, o coronel Lima. Ambos viraram réus por decisão da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, que aceitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) pelo suposto crime de organização criminosa. As penas previstas para esse delito variam entre três e oito anos de prisão.
Os dois personagens chegaram a ser presos pela Polícia Federal no âmbito da operação Skala. Autorizada pelo STF, a ação foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República com o objetivo de coletar provas para inquérito que investiga se Temer editou decreto a fim de favorecer empresas portuárias em troca de propina.