Em alegações finais, Raquel Dodge pede a condenação do parlamentar e de dois assessores parlamentares por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, encaminhou, nesta sexta-feira (13), alegações finais na Ação Penal 1015 contra o senador Valdir Rauppp (MDB/RO) e os assessores parlamentares Maria Cléia Santos de Oliveira e Pedro Roberto Rocha. Eles foram denunciados a partir de investigações da Operação Lava Jato por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Raquel Dodge pede a reparação dos danos materiais e morais no total de R$ 1 milhão.
Raupp é acusado de recebimento de propina de R$ 500 mil, por meio do esquema de corrupção estabelecido na Diretoria de Abastecimento da Petrobras. O valor foi pago pela empresa Queiroz Galvão, sob o disfarce de doações eleitorais "oficiais" para a campanha de 2010 ao Senado. Maria Cléia e Pedro Roberto teriam contribuído para o recebimento da propina.
No documento, a procuradora-geral assinala que o exame dos elementos de prova constantes nos autos “exige concluir que Valdir Raupp, em concurso de agentes com os demais reús, praticou crime de corrupção passiva”. De acordo com a peça, o parlamentar usou o mandato e sua influência política para solicitar vantagem indevida a Paulo Roberto Costa, em razão de esquema ilícito instaurado na Petrobras.
Raquel Dodge destaca que o crime de lavagem de dinheiro “mostra-se evidente no uso do sistema eleitoral para desvincular os valores de sua origem, qual seja, os desvios ocorridos nas licitações promovidas pela Diretoria de Abastecimento da Petrobras”. Segundo ela, as doações eleitorais foram utilizadas para camuflar o fato de que esses valores consistiram em vantagem indevida, produto do crime antecedente de corrupção.
Íntegra das alegações finais
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FONTE: MPF