Advogado José Yunes e ex-coronel João Baptista Lima Filho foram denunciados sob a suspeita de integrarem "quadrilhão do MDB"
A 12ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal aceitou nesta segunda-feira (9) a denúncia contra o advogado José Yunes e o ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho. Ambos são amigos pessoais do presidente Michel Temer (MDB).
Com a aceitação da denúncia, ambos se tornam réus no inquérito que apura irregularidades no chamado "quadrilhão do MDB".
Suspeitos de operar propinas ao presidente, Yunes e Lima poderão responder pelo crime de organização criminosa. A pena prevista para a prática varia de três a oito anos de prisão.
A denúncia, apresentada na semana passada, poucos dias antes da Operação Skala, pelo Ministério Público Federal. Os amigos de Temer são acusados de participar de uma organização criminosa ligada ao MDB.
As investigações a respeito do esquema apuram irregularidades atribuídas a integrantes de partidos cometidas em diversos escalões da administração pública. Algumas das acusações envolvem o setor portuário.
Yunes e Lima foram detidos temporariamente na Operação Skala, por determinação do ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal). Eles, que haviam sido denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) dias antes das prisões, foram soltos no último dia 31.
Temer também é um dos alvos da investigação sob a suspeita de beneficiar a empresa Rodrimar na edição do decreto voltado ao setor portuário. Outros nomes investigados por fazer parte do "quadrilhão" são Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Eliseu Padilha e Moreira Franco.