É NOTÍCIA: Rodrigo Maia afirma que operação Skala não muda a pauta da Câmara
Em entrevista ao Jornal da CBN, com a participação de Gerson Camarotti, o presidente da Câmara evitou especular sobre possível terceira denúncia contra o presidente Michel Temer. Ele disse que o melhor a fazer nesse momento de crise é 'manter as relações institucionais e a democracia sob equilíbrio' e o foco na agenda já colocada, que prioriza segurança pública e economia.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou, em entrevista ao Jornal da CBN com a participação do jornalista Gerson Camarotti, que a operação Skala não interfere na pauta em discussão na Casa. Ele disse que, neste momento, o papel dele não é especular sobre uma eventual terceira denúncia contra o presidente Michel Temer. Maia garantiu que vai manter o foco na segurança pública e na economia:"Não trabalho com análise se haverá ou não terceira denúncia. Do ponto de vista do país, acredito que o melhor é que os investigados tenham condições de se defender como em qualquer situação, e que a gente continue com a nossa pauta de segurança pública, de melhoria do ambiente microeconômico, para que o Brasil possa voltar, de forma verdadeira, a gerar empregos", disse Maia. "O melhor que a Câmara faz nesse momento para manter as relações institucionais e a democracia sob equilíbrio é continuar com a sua pauta, que tem uma relação direta com aquilo que a sociedade espera do Congresso Nacional", completou, acrescentando que, nesta segunda, vai se reunir com uma equipe do Banco Central para discutir a redução dos juros para o consumidor. O presidente da Câmara, no entanto, criticou a forma como o governo federal está lidando com as acusações levantadas durante a operação Skala. Ele afirmou que o Palácio do Planalto deve explicar os fatos à sociedade, mas sem politizá-los:"Pra mim, o movimento político é legítimo, eu respeito. Mas acredito que alguns do governo vêm tratando as ações do Ministério Público e do Judiciário como enfrentamento político. Acho que isso deveria ser mais um enfrentamento jurídico do que político, com defesa das suas posições, de forma clara. O presidente quando faz isso pessoalmente consegue fazer. Mas politizar as ações do Judiciário não é bom para a nossa democracia". Uma investigação da Procuradoria-Geral da República acusou Temer de ter agido para beneficiar amigos empresários na edição do Decreto dos Portos, no ano passado. Em nota, o Palácio informou que a investigação em curso atropela fatos e a verdade para retirar o presidente da vida pública e impedi-lo de continuar a prestar relevantes serviços ao país.