O desembargador Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, prorrogou por mais cinco dias as prisões temporárias de políticos e outros envolvidos com a destruição de prédios públicos e veículos e móveis de órgãos federais em Humaitá, no Sul do Amazonas, crime ocorrido em outubro do ano passado e alvo da Operação “Lex Talionis”, desencadeada pela Polícia Federal de Rondônia na terça-feira.
Continuarão agora por pelo menos nove dias na cadeia (cinco a contar do dia 27 e outros cinco da prorrogação), o prefeito Herivâneo Vieira de Oliveira, o vereador Antônio Carlos Martins de Almeida, além de Edinei Martins Pinheiro, Matheus Eduardo Pereira Coitinho e André Guady da Silva. Eles estão detidos no Presídio Pandinha, em Porto Velho. Por outro lado, foram soltos o vice-prefeito Rademacker Chaves e os vereadores Manoel Domingos Santos Neves e Aldemir Riça Júnior e ainda Robson Barros Roberto e Damião Antônio da Silva Na justificativa para a prorrogação das prisões temporárias, o desembargador explica que a medida evita que durante o período de análise de materiais apreendidos, sejam destruídas ou falsificadas provas desconhecidas da equipe policial. Também visa dificultar a elaboração de versão fraudulenta para os fatos “entre os investigados, garantindo-se que assim sejam ouvidos separadamente, sem influência um dos outros”. Outro fator determinante é a relativa distância entre a sede da Polícia Federal em Porto Velho e Humaitá, o que poderia acarretar dificuldades para a realização de diligências complementares. Armas Esse, contudo não é o grande problema do prefeito. Ele foi preso em flagrante porque em sua casa foram encontradas armas sem registro. Como tem prerrogativa de foro, o caso foi enviado ao Tribunal de Justiça do Amazonas.