Ações do PSOL e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia pedem abertura de processo disciplinar contra a magistrada
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia entraram, nesta segunda-feira (19/3), com representações contra a desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) Marilia de Castro Neves, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo.
Segundo a matéria publicada pelo veículo, a magistrada postou na sexta-feira (16), em uma rede social, que a vereadora carioca Marielle Franco, assassinada com tiros na cabeça na quarta-feira (14) no Centro do Rio, “estava engajada com bandidos” e “não era apenas uma lutadora”.
A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia pede, na ação, a abertura de processo disciplinar contra Marília. O documento é assinado pelos advogados Raimundo Cezar Britto Aragão, Rodrigo Camargo Barbosa e Caroline Proner. De acordo com o jornal, na representação, os advogados afirmam que as mentiras compartilhadas pela desembargadora tentam culpar Marielle pela própria morte.
Já a representação do PSOL cita que Marília de Castro cometeu crime e atentou contra a honra de uma pessoa falecida ao disseminar em redes sociais que a vereadora estava “engajada com bandidos”, que “foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ com seus apoiadores”.